quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Finalmente.

Demorou, mas nos livramos deste imposto. O Governo precisava de 49 votos, mas só obteve 45. Com isso, o tal "imposto do cheque" foi BANIDO de nossas vidas.

A Contribuição "provisória" sobre Movimentação Financeira (CPMF) foi aprovada em 1993 em caráter provisório e passou a vigorar no ano seguinte. A alíquota era de 0,25% e se chamava IPMF. Em dezembro de 1994 foi extinta, mas em 1997 voltou um pouquinho menor, 0,20%. Em 1999 passou a ser 0,38%, com a desculpa de que o objetivo era ajudar nas contas da Previdência Social. Em 2001 a cobrança passou a ser de 0,30% e no mesmo ano voltou a ser 0,38%. Foram milhões arrecadados.

E alguém pode me dizer o que melhorou na saúde pública?

Há três anos minha mãe precisou fazer uma cirurgia de urgência, e como não pagava convênio, teve de ser atendida pela rede pública. Passou por dois hospitais, porque o primeiro não tinha estrutura para atendê-la (equipamentos para exames). Ficou internada no Hospital do Ipiranga. Logo que chegou foi alojada no pronto-socorro em uma maca e lá ficou com fome, frio e dor durante toda a noite. No dia seguinte, quando eu e minha irmã fomos visitá-la, tivemos de reclamar muito para que ela fosse transferida para a enfermaria. Depois de muito sofrimento ela foi operada. Neste hospital não havia sequer esparadrapo ou gaze para fazer curativos. Remédio para hipertensão ou dor, tive de levar para que ela ficasse devidamente medicada. E olha que este hospital é considerado bom. Imagine outros que estão em situação pior.

Eu agradeço aos médicos que fizeram todo o procedimento de atendimento, porque eles conseguiram fazer um bom trabalho mesmo diante de total falta de estrutura.

Diante de tanta "cara de pau" de nossos políticos, só podemos dizer que finalmente, a partir de 1 de janeiro de 2008, este imposto não nos será mais cobrado.

Confira os Senadores que foram contra a manutenção do imposto:

Adelmir Santana (DEM-DF), Álvaro Dias (PSDB-PR), Antonio Carlos Junior (DEM-BA), Arthur Virgílio (PSDB-AM), César Borges (PR-BA), Cícero Lucena (PSDB-PB), Demóstenes Torres (DEM-GO), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Efraim Morais (DEM-PB), Eliseu Rezende (DEM-MG), Expedito Junior (PR-RO), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Heráclito Fortes (DEM-PI), Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), Jayme Campos (DEM-MT), João Tenório (PSDB-AL), Jonas Pinheiro (DEM-MT), José Agripino (DEM-RN), José Nery (PSOL-PA), Kátia Abreu (DEM-TO), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Mão Santa (PMDB-PI), Marco Maciel (DEM-PE), Marconi Perillo (PSDB-GO), Maria do Carmo Alves (DEM-SE), Mario Couto (PSDB-PA), Marisa Serrano (PSDB-MS), Papaléo Paes (PSDB-AP), Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (PTB-SP), Rosalba Ciarlini (DEM-RN), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE)

Um comentário:

Anônimo disse...

E o pior é que quase ninguém lembra em quem votou nas últimas eleições... Esses nomes serão úteis prá saber quem realmente pensa no povo nas próximas eleições!

Erros!!